domingo, 22 de abril de 2018

¿Hay que prepararse para un respiro (progresista) o para una persecución sanguinaria? Ni reforma, ni revolución


Provocações do Subcomandante Galeano a Carlos Aguirre Rojas e Alejandro Grimson.

Assim que terminaram suas falas todos os participantes da mesa escutaram ao Subcomandante Galeano - ‘vocero’ da comissão Sexta do EZLN   e suas provocações. A primeira delas diz respeito ao que em síntese se converteu a fala do historiador Carlos Aguirre Rojas e do antropólogo Alejandro Grimson.
O historiador mexicano em sua fala sobre as estruturas de poder nos colocou diante de duas possibilidades de posicionamento frente ao poder ou a que chamaríamos a toma do poder: 1) uma vez que o poder seja assumido se deveria destroça-lo, ou seja, fazer em pedaços a estrutura do Estado; 2) assumir e reproduzir suas estruturas. Sem muitas delongas, a ideia seria destroçar o Estado e construir um contra poder de ‘abajo’, defende Aguirre.
Somado a esta fala sobre o destroçar o Estado Aguirre abordou a conjuntura latino-americana, a história dos governos progressistas em Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina e Chile. Foi bem crítico com estes governos, ainda que tenha reconhecido seus feitos, falou em contra o fato de que eles todos optaram pelo que ele chamou de reproduzir o aparelho do Estado ao invés de destruí-lo e em boa medida, incluso, disse que muitos deles incrementaram o aparelho repressor do Estado em contra os movimentos sociais e fizeram alianças com grupos políticos de direita e ultradireita.
Alejandro Grimson iniciou sua fala em um movimento de defesa, se assim podemos chamar, desses governos progressistas. Falou sobre o acesso gerado pelas políticas do governo Lula e Dilma no Brasil, o avance das políticas sociais em argentina com o governo dos Kirchner’s, a abertura dos espaços políticos para os indígenas em Bolívia após o governo de Evo Morales, a cara de dignidade e a ‘cabeça erguida’ dos indígenas em território boliviano.
Grimson defendeu que é necessário reconhecer e valorar estes espaços de respiro, assumindo todos os seus problemas. Por exemplo, falou sobre o distanciamento destes governos progressistas de sua base popular, dos movimentos sociais e os problemas ocasionados por isso que foram comprovados, no caso argentino, nas próprias urnas.
A fala de ambos provocou uma reação do Subcomandante Galeano e dos compas da Comissão Sexta. Entre reforma e revolução, um debate que, como disse o Sub, é tão velho quanto se queira imaginar, nós estamos diante de uma situação de extermínio iminente. O que na verdade nos leva a reflexionar para além dos problemas teóricos

Entre reforma e revolução o que importa é que nos estão matando. O que importa é que o colapso é inevitável, que a guerra sangrenta pelos recursos naturais só está começando e que cada vez mais vai aumentar a repressão.  A perseguição sanguinária, a supervivência e a resistência. Diante de tudo isso pergunta o Sub e os compas da Sexta:

“Hay que prepararse para el respiro o para a persecución sanguinaria?