Da Comunicação da Via Campesina
Para dizer não à mercantilização da natureza e da vida, a Via Campesina Internacional mobilizará cerca de 3 mil delegadas e delegados de todo o mundo a partir de 17 de junho na Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental e em Defesa dos Bens Comuns, que acontece entre 15 e 23 de junho no Rio de Janeiro - em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
A Cúpula é um espaço de discussão, debate e construção de propostas da sociedade civil, movimentos sociais, organizações e coletivos, que a Via Campesina fortalece e constrói para denunciar as falsas soluções do falido modelo econômico agora disfarçado de verde e para dizer que a agricultura camponesa é a verdadeira solução para a crise climática e ambiental.
A delegação da Via Campesina participará de várias plenárias e da mobilização global que acontece em 20 de junho, com concentração na esquina da Av. Rio Branco com a Av. Presidente Vargas, na capital fluminense.
O espaço político mais importante da Cúpula dos Povos será a Assembleia Permanente dos Povos, que se organizará em torno de três eixos: a denúncia das causas estruturais e das novas formas de reprodução do capital, as soluções e os novos paradigmas dos povos e as agendas, campanhas e mobilizações que articularão os processos de luta anticapitalista depois da Rio+20.
A Via Campesina é um movimento internacional que congrega cerca de 200 milhões de camponeseses, pequenos e médios produtores, sem-terra, indígenas e trabalhadores rurais de todo o mundo. Defende a agricultura sustentável em pequena escala como forma de promover a justiça social e a dignidade. A entidade reúne 150 organizações em 70 países da África, Ásia, Europa e América.